Um olhar humano sobre o sofrimento: Saúde e dignidade na Palestina.
- Deise Klauck

- 3 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de set.
O silêncio como forma de sofrimento coletivo.

Quais as suas preocupações hoje? Pegar os filhos na escola? O que fazer de almoço ou na janta? Problemas com os colegas de trabalho?
E se as crianças não tivesse escola para ir, você não tivesse comida para cozinhar e muito menos um trabalho para se preocupar?
Na Palestina esta não é uma suposição, mas uma realidade que dia após dia vem se tornando cada vez pior. Até onde ignorar a situação do outro é salutar?
É preciso falar sobre as barbáries, sobre as injustiças, sobre o câncer da extrema-direita-imperialista-colonialista- as desumanidades dos governos, a monstruosidade das guerras. Nada justifica o genocídio hoje em curso na faixa de Gaza. Assim como também nenhum outro genocídio na história.
Toda guerra tem por trás interesses financeiros e de poder, por trás da "guerra ao terrorismo", existe o interesse em minérios, petróleo, a famosa "terras raras". O "terrorismo" não é, jamais, justificável, mas tem sido usado como argumento para validar genocídios, violência, racismo e xenofobia, contra sobretudo o povo islâmico.
É preciso nomear o que está acontecendo: o que vemos hoje é um governo de extra-direita, capitalista e fundamentalista, dizimando uma população inteira, fazendo uma "limpeza étnica", sob o pretexto de segurança e esquecendo que eles próprios, enquanto povos, foram também sobreviventes de um holocausto. A Palestina é hoje o retrato da desumanização legitimada pelas potências globais e silenciada por grande parte da mídia.
O que justifica?
Até quando o dinheiro vai falar mais alto que a vida, o poder vai falar mais alto que os direitos humanos?
Conhecimento, solidariedade e resistência são as nossas melhores respostas àqueles que nos querem submissos. Se buscamos solidariedade, devemos primeiro oferecê-la. O conhecimento liberta e nos prepara, nos dá voz para ser resistência, nos torna capazes de mudanças - no pensamento, nas memórias, na história.
Quais são as suas preocupações hoje?
Enquanto seguimos com rotinas comuns, o povo palestino vive uma realidade de genocídio, fome e ausência de direitos básicos, de saúde e dignidade. O conflito em Gaza expõe interesses coloniais, econômicos e racistas, disfarçados de combate ao terrorismo. Ficar em silêncio diante disso é ser cúmplice. Falar sobre saúde e dignidade na Palestina é um ato de consciência e humanidade. Até quando vamos usar o silêncio como forma de sofrimento coletivo?



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