A acupuntura como ponte entre corpo e consciência.
- Lisiê Silva

- 29 de ago.
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de set.

Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), acredita-se que o corpo é percorrido por rios invisíveis — chamados de meridianos — por onde circula a energia vital, o Qi (pronuncia-se "tchi"). Essa energia movimenta tudo: os órgãos, as emoções, a digestão, o sono, os pensamentos.
Quando o ritmo da vida se acelera demais, esses fluxos podem se desorganizar. A energia estagna, se agita, se dispersa.
É como um rio que deixou de correr livremente: forma redemoinhos, represamentos, áreas secas. E o corpo começa a mostrar os sinais — uma dor inexplicável, um cansaço que não passa, um coração acelerado mesmo em silêncio.
Cada ponto de acupuntura é como um pequeno vórtice de energia: uma porta por onde podemos acessar esse rio interno. Ao inserir a agulha com precisão e delicadeza, o terapeuta convida o corpo a retomar o fluxo, a lembrar do seu caminho. Há uma conversa sutil entre o toque e a energia.
Muitas pessoas relatam que, durante a sessão, sentem uma onda de alívio ou simplesmente um relaxamento que não sabiam mais sentir. Isso não vem da agulha em si, mas do que ela desperta: o corpo, escutado com respeito, começa a responder.
A acupuntura, nesse sentido, é menos um “tratamento” e mais uma ponte de volta para casa. Um reencontro entre você e o seu corpo, sem pressa, sem cobrança — apenas com presença, como uma ponte entre corpo e consciência.


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